domingo, 5 de novembro de 2023

ESCRAVOS DAS GUERRAS

Guerras não são novidades na história da humanidade.

Desde as civilizações primitivas, passando pela antiguidade e chegando à modernidade, homens, representando nações, bandeiras e ideologias, matam e morrem. Mas a principal motivação para esta carnificina é o território, a terra e tudo que nela existe, moradias, lavouras, riquezas minerais, indústrias, comércio e poder político.
Mesmo com todos argumentos tentando justificar a matança de humanos e a destruição de cidades, incluindo hospitais, escolas, residências, parques, pontes, estradas e outros bens comuns, a insanidade é a marca dos conflitos. As pessoas que promovem as guerras são frias, calculistas e sobretudo gananciosas.
Nestes conflitos as principais vítimas são mulheres, crianças e idosos que nada têm a ver com os interesses dos políticos e militares que fazem as guerras.
Na verdade, passados milhares de anos de civilização, evolução tecnológica e ações pela paz e a harmonia social, mesmo assim os (des)humanos continuam sendo escravos das guerras.
Enquanto existirem Exércitos e arsenais espalhados pelo mundo, haverá guerras, mortes e destruição. Vale salientar que dezenas de países neste mesmo mundo abdicaram de exércitos e possuem apenas forças de segurança para manterem a ordem interna.
Entre vários pequenos países citamos o exemplo da Costa Rica,na América Central. A constituição da Costa Rica proíbe, desde 1949, a formação de um exército regular. Contudo, o país tem uma força de segurança pública, responsável por fazer cumprir a lei e cuidar da segurança interna. Por este motivo, a Costa Rica é o país-sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos e da Universidade para a Paz das Nações Unidas.
Estes são os pioneiros da paz no Planeta Terra. Que os demais países sigam este exemplo. Bilhões de dólares atualmente investidos em armas e munições, poderiam ser aplicados em alimentos, medicamentos e tecnologia para todos humanos.

sábado, 4 de novembro de 2023

MISSÃO

 O poeta é um ser humano

movido pelo amor

e pela rebeldia.


Carrega dentro de si

toda a paixão

e contestação do dia.


Fala de perdão

e combate a violência e a carestia.


Tem na alma amor pelo povo

e esta é sua filosofia.


Sua missão é 

gerar a harmonia.

 

VENTOS

 O vento varre o capim

balança e faz cantar as matas


o vento levanta telhados

assusta os humanos

e faz fugir os bichos


o vento não se vê

e existe


o vento é como Deus

incontrolável


mas produz energia

e refresca a vida.

 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

CANTO III - DO POVO

 

TERCEIRO CANTO NOVO

AO POVO

 

 

Meus queridos irmãos  trabalhadores

escravos de múltiplos senhores

e de todas as horas da história,

 

homens divididos

entre duas mulheres

uma santa, outra puta,

 

humanos divididos

em duas crenças

a existência de um Deus que

comanda o universo que criou

e a inexistência deste Ser

                       [supremo

                       [superior,

Queridos irmãos da Terra

planeta com 7 bilhões de seres racionais

cantais, cantais

o novo cântico que escrevo

como os bíblicos foram escritos

apenas escritos, pensados

consagrados pela tradição.

 

Consagrai novos tempos

novos momentos

ó , povo inteiro-

é o caminho a avançar  

 

assimilar novos conceitos

repensando sistemas

ter a ousadia da justiça

justiça social

justiça econômica

justiça arquitetônica

justiça política

o justo sem susto

apenas assimilável.

 

Não importa se Deus existe ou não existe

                                / ou se são Deuses

entidades superiores aos seres  visíveis

invisíveis além da matéria

intocáveis, acima das  Leis das ciências,

Importa é a consciência e o levante!

 

Trabalhadores do planeta

é hora, agora, do levante consciente

um novo canto

um novo encontro

um novo modelo de viver

sem os equívocos passados

com projeções futuras possíveis

com distribuição real das riquezas

com o fim  das monarquias

com a extinção dos senados

com uma novíssima democracia

direta, participativa, reconstruída...

 

Mova-se, humanidade!

Não podemos mais carregar fardos

Por nada! Repito.

Foi-se a ilusão!

Os vendavais da história

arrastaram castelos inúteis

- muralhas para o esquecimento.

 

O nosso tempo

que chamamos século XXI

- Terceiro milênio da era cristã -

  é o de conquistar o direito

                            à vida total digna

ultrapassando na nossa velocidade

as experiências anteriores

assimilando o que de melhor percebemos

esquecendo, não aplicando, os processos

                            [resultados negativos.

 

Possível! Tudo é possível! Cantai!

cantai e organizai a rede

da rebelião, no trabalho, na escola,

jogando bola no campo, constante,

avante, no ônibus, metrô, estradas,

é possível fazer entender a verdade /é viável

Basta convencer o cidadão

do seu papel no palco social.

                                               

Ah como é fácil

mudar o mundo

num poema no sétimo andar

da Rua da Praia.

Profundo, complexo mundo

                              multifacetado

                              estatelado

pedindo socorro.

 

Basta ao capitalismo!

O abismo está na outra curva.

As sociedades contemporâneas

de todos continentes

desejam mudanças radicais

não suportam mais seus ais.

 

Cantai, cantai, tribais

e praticais mais e mais

 as mudanças mentais

em seus filhos e pais,

pela verdadeira paz.

CANTO II – DO TREMOR

 

TREMOR 

 

A Terra treme e seu tremor

derruba casas, castelos, cidades.

 

Nem toda sabedoria

Acumulada por milênios

pela humanidade

é motivo para cessarem

as eternas guerras sangrentas?

 

A selvageria persiste

no âmago humano?

Até quando?

Até quando?

A revolução silenciosa

                      interna

dentro de cada ser

deve se multiplicar...

 

Os seres de bem e de paz

Devem contaminar os entes do mal

e da guerra e da ganância.

 

O diabo – se existe diabo –

é o dinheiro, a moeda, o capital

motivo de todo mal sobre a terra

motivo de guerra, morte, tristeza...

 

a este demônio moeda

deus do mal e da morte

devemos exorcizar

 

dominamos a natureza

as florestas, os desertos

 

controlamos o fogo

suportamos a fúria do vento

sobrevivemos aos tremores da terra

e à invasão do mar

 

vestimos belos fraques e vestidos

e não evoluímos a alma

- se existe alma –

 

somos intolerantes e violentos

ciumentos e possessivos

egoístas e racistas

arrogantes e hipócritas

cínicos e mentirosos

porém belos e educados

cultos e eticamente corretos.

 

Ah, humanos /amados ou não amados/

- se existe o amor – mas

o que é o amor

se não o desapego total de tudo?

o gostar de fazer o bem

um amor sensual sem pensar em mal...

 

Ah, humanos, da era das pedras

à era das pernas, formosas, à mostra,

das cavernas às torres de concreto e aço

eterno asco na história humana.

 

Um tremor a mais a realizar

rezem, orem, clamem à Deus

- se existe Deus –

- se existe apenas um Deus e não Deuses –

por um tremor de encantamento

de compreensão e sabedoria

de que a vida deve ser de paz

ó óbvio, trivial

que a humanidade não faz.

 

Vamos fazer tremer a existência

e apagar os vestígios do egoísmo e ganância,

vamos ter vergonha da riqueza

este é o tremor mais devastador

da alma humana – se existe alma –

(animal tem alma?) contra a vida contemporânea.

 

O mar devolve à terra

o lixo da terra jogando ao mar, 

um outro cantar me surge na mente

sob as estrelas cadentes ao meu olhar.

domingo, 5 de setembro de 2021

 VIDA CELULAR 


A vida atual no planeta Terra é movimentada virtualmente pelo telefone celular, a grande invenção que marca o século XXI e atinge a todos e todas. Não importa a classe social, o país ou a escolaridade, o celular está presente em todas as casas e mãos.

Tanto nos países capitalistas como socialistas, lá está o povo se comunicando com o fone celular, falando com familiares, amigos, amigas, namorados e namoradas, realizando negócios, lendo notícias, jogando, assistindo filmes, participando de lives e programações diversas. É realmente uma presença constante na vida de cada ser humano. Está na sala, no quarto, na cozinha, no banheiro, no trabalho, na oficina, no escritório, no ônibus, no carro, nos estádios, nas lavouras, nas igrejas, nos clubes... enfim eu não consigo imaginar algum lugar neste mundo moderno sem a presença do celular.

Livros se lê no celular, assim como jornais e revistas. Existem programas de TV para celular e outras opções de divertimento e informações através das redes sociais que são inúmeras e em todas as línguas e dialetos do planeta.

Porém encontramos alguns problemas nesta relação entre humanos e a maquininha, ou seja, a falta de energia, a ausência de um carregador de bateria e a falta de conexão com alguma rede. O simples fim da bateria ou a queda de conexão coloca um fim nesta comunicação. Aí bate o pânico nos usuários e usuárias. Correm atrás de uma tomada. E se tiver dado um apagão no fornecimento de energia elétrica o pânico aumenta mais. O usuário começa a suar frio, como um viciado sem sua droga, e começa a ficar irritado com esta carência e impotência de não poder usar o aparelho. Chora, berra e reza para todos os santos para que a luz volte.

E quando o problema é a falta de sinal para conectar? O desespero também é grande. Nem a mãe salva, nem o padre, nem o chefe.

Mas quando tudo volta ao normal o sorriso se abre, brilham os olhos, dá vontade de pular de alegria e beijar todos ao redor.

O que percebemos atualmente é que a felicidade depende da conexão e não do coração.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

 EM VIDA

 

A vida é uma surpresa

Você pode estar caminhando em um parque à tarde

E à noite estar morrendo numa cama.

 

Vida é uma gratidão que devemos todos os dias

Estar agradecendo a Deus.

 

Não adianta sonhar demais, fazer planos impossíveis,

Você tem que amar e viver o possível

Para a sua  história, seu tempo e ambiente.

 

A vida é uma surpresa letal e finita

Temos que levantar as mãos para o alto

E agradecer cada minuto de existência,

Correr levemente pelas praias

Mergulhar nas águas do tempo

Andar pelas ruas e ouvir os sons.

 

A vida é uma história formidável ou triste

De cada um que passa pela orla

Pelas estradas e bosques.

Não temos controle dela no momento exato em que ela, a vida,

Exala seu perfume de dor e fragrância de final.

 

Nossas leituras e experiências

Evaporam

Com o último suspiro

O último olhar.

 

A vida é uma surpresa

Inevitável.

 

(Wlady, 2020.)

ESCRAVOS DAS GUERRAS

Guerras não são novidades na história da humanidade. Desde as civilizações primitivas, passando pela antiguidade e chegando à modernidade, h...